Localizado na Fortaleza de Sagres o Promontório de Sagres é um dos locais mais míticos da História de Portugal. Faceta que deriva do papel que esta costa desempenhou nos tempos das primeiras viagens dos Descobrimentos.
No século XV, o Infante D. Henrique, o Navegador, fez do Promontório a sede dos seus projetos de expansão marítima. É considerado um lugar-chave da idade das Descobertas que marcou a expansão da cultura, da ciência, da exploração e do comércio europeus, tanto para o atlântico como para o mediterrâneo, e deu à civilização europeia a projeção global que havia de definir o mundo moderno.
A EDIGMA foi a empresa escolhida para implementar e coordenar um novo projeto museográfico, idealizado para levar o visitante a refletir sobre o valor singular deste território, desde a antiguidade até aos nossos dias e também aumentar a notoriedade deste monumento nacional, como referência cultural da região, do país e do mundo.
Sector
Turismo & Cultura
Cliente
Direção Regional de Cultura do Algarve
Localização
Sagres
Ano
2022
Design de Exposição
P 06 Studio
Sector
Turismo & Cultura
Cliente
Direção Regional de Cultura do Algarve
Localização
Sagres
Ano
2022
Design da Exposição
P06 Studio
Entrar no novo centro expositivo é percorrer a história dos Descobrimentos, na plenitude das suas características, com os seus benefícios, mas também com as atrocidades como o tráfico de escravos.
A narrativa da exposição conta-se ao longo de várias salas, que exploram a relação dos descobrimentos, a sacralização desde fim do mundo, as vivências desse período e com o espaço.
Esta é uma experiência de visita multissensorial, onde é possível sentir, por exemplo, uma tempestade ou assistir a jogos de luz. Na sala sobre as rotas comerciais o conteúdo é despoletado pela projeção de luz em diferentes tonalidades.
A visita começa com a única peça do espólio primordial, a porta bicentenária de madeira maciça, original da fortaleza do século XVIII.
Já numa das salas, logo em frente a uma outra que recria o porão de uma nau, vemos uma projeção de uma pintura que retrata a desumanidade de um navio negreiro.
Ao lado está, também, uma coleira de escravos, emprestada pelo Museu Nacional de Arqueologia, uma realidade que foi necessária assumir. Assim como uma sala com um enorme globo, representação esférica do mundo que mostra a globalização pelo comércio e a evangelização através da disseminação da fé cristã pelos missionários.
A sala do Studiolo recria o espaço de trabalho do Infante, uma reprodução daquilo que era uma sala de reflexão da época. Este estúdio conta com os mapas que se conhecia na época e aqueles que também se passou a conhecer.
A experiência culmina numa sala, onde está instalada uma esfera que convida à entrada para o interior onde os visitantes assistem sobre os descobrimentos.
O primeiro andar foi idealizado para acolher exposições temporárias, que proporcionam aos visitantes, novas perspetivas e olhares, quer através de um conteúdo mais histórico, quer através de um olhar contemporâneo, fomentando uma atitude de descoberta e de questionamento.
Todo o Centro expositivo dispõe de áudio-guias, em diferentes línguas.